Quem não deseja melhorar o resultado de aprendizagem dos estudantes, certo? Para isso fala-se muito em “estratégias de engajamento” na aprendizagem, mas  pouco se fala sobre como de fato engajar o “cérebro” do estudante.  “Estratégias” em metodologias ativas também costumam ser muito abordadas, mas pouco se fala sobre o papel do planejamento didático na eficácia de tais estratégias. Por esses e outros motivos, o planejamento didático ainda é visto por muitos(as) educadores(as) como uma “caixa preta” ou um “vire-se como puder”.

Um longa lista de pesquisas educacionais aponta para a importância do engajamento cognitivo do cérebro em um desafio adequado, que não só potencializa o aprendizado como também é responsável por atribuir significado ao que é aprendido, ou seja, apoia o engajamento do estudante. Isso significa planejar um ensino para uma aprendizagem ativa baseada em verbos de ação.

O trabalho de Wiggins e McTighe no seu livro “Planejamento para a Compreensão” serve como base para o chamado “planejamento reverso“. Essa abordagem para o planejamento didático é estratégica porque começa pelo resultado de aprendizagem que é definido como um desafio adequado sobre o que é essencial aprender, levando o cérebro dos estudantes a uma compreensão duradoura e significativa.

Fazer um planejamento didático pode ser um desafio e a tendência é entrar no modo “divisão em tópicos”. Mas queremos justamente evitar essa abordagem tradicional que acaba não resultando em uma aprendizagem significativa e duradoura.