estudantes em metodologias ativas
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OLÁ! EU SOU A SILVANA

Consultoria, Mentoria e Capacitação de Professores

Trago uma experiência de mais de 20 anos formando professores para melhoria da aprendizagem através de metodologias ativas com base em pesquisas. 

PhD e Mestre em Educação pelo King’s College, Universidade de Londres, trabalhei com integração de tecnologia no ensino e coaching de ensino-aprendizagem.

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ESTUDANTES com falta de preparo e engajamento em METODOLOGIAS ATIVAS? o que VOCÊ educador(a) pode CONTROLAR.

Os seus estudantes não aprendem com Metodologias Ativas? Os seus estudantes não se sentem motivados e engajados em atividade práticas ou de pesquisa? Os seus estudantes têm dificuldade e desinteresse em leituras mais aprofundadas?

Dificuldades como estas podem desestimular a implementação de metodologias ativas por serem trazidas “de fora” pelos estudantes, dando a impressão de serem incontornáveis. Mas o(a) professor(a) tem sim a capacidade de agir sobre estas dificuldades e ENSINAR os estudantes sobre o que significa aprender em metodologias ativas. Inúmeras pesquisas mostram que é preciso ENSINAR de forma EXPLÍCITA o que pensamos que os estudantes deveriam saber ou aprender sozinhos. Vamos ver como fazer isso, aos poucos, sem stress.

COMECE com PEQUENOS PASSOS

Temos a tendência de mergulhar em um certo “pânico” quando confrontados com uma situação ou proposta nova, com muitas variáveis e peças se movendo ao mesmo tempo. Não é para menos, principalmente para professores(as).  Esta é uma profissão que demanda múltiplos focos de atenção e uma orquestração complexa, por isso mudanças precisam ser implementadas passo a passo. Então vamos respirar e pensar em algumas possibilidades que podem ser realizadas em pequenas doses também. 

Não é necessário fazer grandes projetos de pesquisa, quando podemos experimentar com a pesquisa sobre um evento ou conceito específico em uma dada aula. Não é necessário exigir a leitura de grandes textos na primeira tentativa de sala de aula invertida quando podemos exigir a leitura de um parágrafo para cada aluno(a) do grupo, com anotações e direito a perguntas específicas durante a aula. Não é necessário mudar todo o planejamento do curso quando podemos modificar apenas uma pequena unidade de estudos para o próximo semestre.

Além disso, vale trazer os estudantes como parceiros(as) neste processo de mudança gradual da metodologia de ensino-aprendizagem, pedindo e oferecendo feedback a cada passo. Esta é uma troca na qual professores e estudantes devem buscar a melhoria da aprendizagem. A transparência e a consistência neste processo, trazem grandes resultados ao longo do tempo. Não podemos “tentar” uma estratégia e logo em seguida dizer “não vou mais fazer isso porque não seu certo”. “Dar certo” é uma questão de reflexão e ajustes. E para fazer isso, nada melhor do que ir devagar e ter clareza sobre os benefícios que podemos obter com cada estratégia. Se o benefício não se materializa na primeira rodada, então pausamos, refletimos e fazermos pequenos ajustes com CURIOSIDADE sobre a possibilidade de melhorar e transformar os estudantes em aprendizes para a vida toda ( “lifelong learners”). 

CRIE TEMPO para ensinar COMO APRENDER

Mas e o “tempo” para fazer isso, você estar se perguntando? Não temos tempo, estamos sempre correndo para cobrir conteúdo, atender assuntos administrativos ou “apagar incêndios”. O que eu posso dizer para você é que temos sim o poder de “CRIAR” tempo, por mais incrível que isso possa parecer, e eu vou explicar como e porquê. 

O principal fator que SUGA o tempo em uma sala de aula é o excesso de conteúdo. Este é o principal fator que a meu ver limita as possibilidades de exploração e implementação de metodologias de fato ativas e que resultam em melhores resultados de aprendizagem. E pior do que isso, o excesso de conteúdo causa uma sobrecarga cognitiva nos estudantes, o que impede uma aprendizagem aprofundada e portanto impede uma aprendizagem duradoura do que mais importa. 

Não existe milagre que permita uma aprendizagem de fato ativa, com metodologias ativas, se não houver algum tempo para que os estudantes trabalhem “ativamente” com os conteúdos. Para uma aprendizagem ativa em metodologias ativas, o estudante precisa SABER FAZER alguma coisa com os conteúdos e isso demanda algum tempo que não é só transmissão de mais e mais informações. 

E ainda temos o fator “falta de preparo e engajamento” dos estudantes para trabalhar. E isso vai demandar um tiquinho mais de tempo, ou na verdade um pouco mais de reflexão e intencionalidade para garantir que os pequenos passos em uma nova metodologia ativa também incluam uma aprendizagem para os estudantes sobre o que significa aprender de forma mais autônoma e ativa.

Portanto se você está achando difícil encontrar um tempinho para explorar metodologias ativas e ainda mais incluir um “pedacinho” de ensino sobre o que é aprender, então é essencial que você comece a “escolher conteúdo prioritário”. Existe toda uma estratégia para escolher conteúdo que envolve identificar uma ideia essencial que desenvolve uma habilidade também essencial para a vida e o trabalho. Vou explicar um pouco sobre ideia essencial a seguir, mas se você quiser saber mais, dê uma olhada no meu livro CLAREZA DO PROFESSOR. O livro explica em detalhes o “planejamento reverso” que se baseia em objetivo de aprendizagem claro embasado em uma Idea essencial. SAIBA MAIS sobre o LIVRO no LINK: https://silvanascarsoed.com/publicacoes/livro-clareza-do-professor/.

ENGAJE através de uma IDEIA ESSENCIAL

Mesmo que você não escolha conteúdo prioritário para ensinar, você pode e deve apresentar o seu conteúdo através de uma ideia essencial. Ideias essenciais servem de apoio para o cérebro dos estudantes absorver, conectar e dar sentido à todo o conteúdo que você oferece. O cérebro engajado com uma ideia essencial consegue trabalhar de forma “ativa” em vez de absorver o conteúdo de forma passiva.  E por isso ideias essenciais são um bom antídoto contra falta de engajamento. 

O estudante precisa entender o para quê de aprender algum conteúdo e o(a) professor(a) especialista tem a “chave” deste para quê, mesmo que de forma inconsciente ou implícita. A ideia essencial de um conteúdo representa este para quê, digamos assim. Vamos pensar em um exemplo do ensino de história do Brasil. Todos nós passamos pela experiência de aprender história e por isso podemos nos identificar com este exemplo. E provavelmente aprendemos história com ensino mais tradicional, através de incontáveis eventos descritos cronologicamente. 

Mas o que seria então uma ideia essencial no ensino de história, ou mais especificamente no ensino do período da redemocratização após a ditadura militar? O(a) professor(a) especialista certamente desenvolveu vários “entendimentos” ou “insights” sobre a área de estudo. Digamos que um destes “insights” envolva a compreensão de que os movimentos sociais tiveram um papel de pressão e direcionamento importante na transição democrática, chegando às conquistas para a cidadania da Constituição de 1988. A ideia essencial neste período histórico pode ser descrita como a “articulação da sociedade pela cidadania”. 

Se o(a) professor(a) ensina sobre os eventos históricos deste período pelo “ângulo” da “articulação da sociedade pela cidadania”, os estudantes podem fazer uma ponte com o presente e com o seu papel de pressão política para a conquista e manutenção de direitos. Esta abordagem tem uma chance muito maior de engajar os estudantes além de oferecer um ponto de apoio para dar sentido à todas as informações históricas. 

Na verdade esta ideia essencial foi baseada em uma habilidade da Base Nacional Comum Curricular , a BNCC. Mas veja aqui um ponto importante. Mesmo quando temos à disposição diretrizes curriculares ou ementas que disponibilizam habilidades e competências, é necessário saber por qual “angulo” entrar em uma habilidade e o quê enfatizar. Primeiro porque a escrita de habilidades costuma trazer muitas opções, e segundo porque precisamos saber articular o nosso discurso como professores. E uma ideia essencial oferece esta abordagem que organiza o nosso discurso e organiza os conteúdos para os estudantes, além de oferecer sentido.

Se você gostou deste conteúdo e quiser aprender sobre ideia essencial em mais detalhes, dê uma olhada no meu livro CLAREZA DO PROFESSORE, no LINK: https://silvanascarsoed.com/publicacoes/livro-clareza-do-professor/.

ENSINE LEITURA atenta

Um dos principais fatores para a falta de preparo dos estudantes em metodologias ativas tem a ver com dificuldades de leitura de textos complexos (ou talvez nem tanto). Esta tem sido uma queixa que tenho visto em vários contextos. De fato, para aprender de forma mais autônoma e ativa, é fundamental que o estudante se envolva com conteúdos complexos, principalmente (mas não só) através de leitura. A leitura em metodologias ativas aparece em projetos de pesquisa e sala de aula invertida, sendo que a leitura em pesquisas é uma pedra fundamental da aprendizagem ativa. Mas o que fazer se os estudantes não querem ler ou têm dificuldades em leitura?

É possível e desejável ENSINAR os estudantes a ler de forma ATENTA. Em inglês, este tipo de leitura se chama “close reading” e precisa ser ensinada. Você deve estar pensando: Mas eu não tenho tempo para fazer isso, esta não é minha função! Me solidarizo com você porque idealmente deveria ser assim. Mas se recebemos estudantes despreparados, então precisamos fazer algo a respeito para não ficarmos para trás em nossa metodologia de ensino. E a boa notícia é que este ensino não precisa tomar muito tempo e pode ser uma forma mais lúdica de abordar uma leitura.

O importante nesta abordagem de leitura atenta é que VOCÊ se torne um modelo de leitor e aprendiz a partir de uma leitura. Isso pode ser feito com um pequeno trecho de cada vez, ou um parágrafo de um texto maior que precisa ser lido em modo sala de aual invertida. É preciso fazer a leitura em voz alta, parando em trechos ou palavras que precisam ser melhor compreendidos. Faça estas pausas no texto utilizando perguntas. Pense nas perguntas que você faria se encontrasse o texto e o assunto pela primeira vez. Se possível, faça perguntas provocadoras ao texto e engaje os estudantes na resposta. E por fim deixe bem claro para os estudantes que este processo de fazer pausas e perguntas ao ler um texto deve ser o procedimento natural e esperado.

Esta estratégia de ser modelo de leitura abre a “caixa preta” da cabeça do especialista, como se este especialista estivesse demonstrando o seu processo de aprender. Veja que os estudantes não costumam ter este tipo de acesso e podem se sentir incapazes ao se deparar com temas e textos mais densos e difíceis. Ao nos tornarmos modelos de leitura, mostramos que é natural ter dúvidas, pausar, pensar, anotar, rabiscar, voltar no texto, para conseguir compreender o conteúdo. 

NOTA: Lembre sempre que além de conteúdo no formato texto é possível compartilhar conteúdo em outros formatos, como vídeo, infográficos, gráficos, etc. Para todos estes formatos, “leitura”  e interpretação também são necessários.

DEBATA resultados de PESQUISA

Saber pesquisar, ler e avaliar os resultados da pesquisa, fazer anotações: todas estas habilidades são condições fundamentais para uma aprendizagem ativa em metodologias como aprendizagem por projetos. Mas não é preciso fazer grandes projetos para aplicar esta estratégia e esperar que os estudantes pesquisem o conteúdo. É possível e desejável começar com pequenas pesquisas, para ensinar os estudantes a aprender neste formato e tamb;em para treinar o ensino neste formato.

A primeira dúvida que pode surgir é sobre a capacidade dos estudantes de aprender com qualidade neste formato pesquisa. Será que os estudantes terão dificuldade de leitura, ou não saberão distinguir opinião de fatos? Será que os estudantes terão interesse em pesquisar ou acabarão trazendo conteúdo de baixa qualidade? E se os estudantes trouxerem conteúdo pronto do ChatGPT?

A segunda dúvida que pode surgir é justamente sobre a nossa capacidade como educadores de ensinar através de pequenos projetos de pesquisa, em vez de transmitir o conteúdo no modo tradicional. Por isso recomendo começar pequeno e devagar, e sempre fazer um debate com base nos resultados de pesquisa dos estudantes. Assim podemos encarar o debate como um momento do “ensino”, porque durante o debate podemos argumentar com informações corretas ou válidas sobre qualquer resultado de pesquisa que não seja relevante ou significativo. 

Para melhorar  o nosso preparo para um pequeno projeto de pesquisa é importante testar a pesquisa antes. Isto quer dizer, fazer uma pergunta e testar palavras chave no Google por exemplo, além de outras fontes, incluindo o ChatGPT. Este pequeno teste nos prepara para possíveis resultados bons e ruins. Não é preciso muito tempo para fazer isso. O que importa é sabermos de antemão possíveis resultados de baixa qualidade ou desvios de propósito, por exemplo.

E por fim, ao final do debate, é muito importante pausar um momento para avaliar as estratégias de pesquisa e anotações dos estudantes. Este é um momento de ENSINO e APRENDIZAGEM sobre avaliação de fontes, palavras chave a abordagens de pesquisa, e também capacidade de atenção e leitura.

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