Inicie o planejamento didático pelo final: planejamento reverso
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OLÁ! EU SOU A SILVANA

Consultoria, Mentoria e Capacitação de Professores

Trago uma experiência de mais de 20 anos formando professores para melhoria da aprendizagem através de metodologias ativas com base em pesquisas. 

PhD e Mestre em Educação pelo King’s College, Universidade de Londres, trabalhei com integração de tecnologia no ensino e coaching de ensino-aprendizagem.

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Inicie o Planejamento Didático pelo Resultado de Aprendizagem: 4 Passos

A tendência natural ao fazer um planejamento didático, é começar pelas aulas, dividindo o assunto a ser estudado em subtópicos sequenciais. Costumamos pensar: ensinamos isso, depois aquilo, depois aquilo outro. Isso acontece porque o ensino tradicional sempre focou em si mesmo: o tópico de ensino. Mas pesquisas educacionais têm demonstrado que é necessário planejar o ensino com foco na aprendizagem, para que esta aprendizagem possa ser de fato bem-sucedida e duradoura.

Para fazer este planejamento didático “começando pelo final”, ou seja, pelo resultado de aprendizagem que desejamos alcançar, devemos seguir os 4 passos abaixo. Estes passos são baseados no trabalho fundamental de Wiggins & McThighe no seu livro “Understanding by Design” ( que significa “desenhar” a compreensão duradoura que desejamos e planejar para isso).

Qual é a COMPREENSÃO DURADOURA que EU desejo para os estudantes?

A parte mais fundamental do ensino que resulta em aprendizagem bem-sucedida, é a nossa clareza sobre o que é a compreensão duradoura que desejamos para nossos estudantes. É claro que sempre desejamos uma compreensão duradoura, mas não temos o hábito de explicitar o que essa compreensão significa. O ensino tradicional sempre “assumiu” que ao ensinar, os estudantes iriam ou “deveriam” aprender o que está na cabeça do(a) professor(a) especialista. Mas essa “suposta transferência” não acontece espontaneamente, porque o cérebro do(a) especialista possui conexões entre conteúdos que ainda não existem no cérebro do estudante aprendiz. E por esse motivo os conteúdos ensinados não adquirem o mesmo significado no cérebro do aprendiz. 

Por isso, o(a) professor(a) especialista precisa fazer um exercício de explicitar os detalhes do que significa essa compreensão. E mais do que isso, o(a) professor(a) especialista precisa escolher um FOCO para ajudar o cérebro do estudante a fazer conexões significativas entre os conteúdos. Não adianta entregar uma grande quantidade de conteúdo para o cérebro do estudante sem oferecer um GUIA para que o estudante possa dar sentido a este conteúdo e desenvolver a compreensão duradoura que esperamos. 

Para encontrar um FOCO que favoreça uma compreensão duradoura, precisamos pensar em qual é a IDEIA ESSENCIAL que pretendemos ensinar e que realmente vale a pena aprender. No meio de todo o conteúdo de um tópico de ensino, qual é o “olhar de especialista”que o(a) professor(a) pode oferecer para que os estudantes absorvam os conteúdos com significado e compreensão duradoura? E daí escrever por extenso, quais são as nuances desta COMPREENSÃO DURADOURA que desejamos para a IDEIA ESSENCIAL que escolhemos. 

Para quem trabalha com competências e habilidades como a BNCC, já existe uma “pré-seleção” de ideias essenciais. Mas ainda assim é preciso distinguir qual é a IDEIA ESSENCIAL por trás de uma HABILIDADE, para que possamos ter FOCO no ensino e PRIORIZAR nosso conteúdo. É preciso sim explicitar a COMPREENSÃO DURADOURA que desejamos para uma HABILIDADE, para podermos nos apossar do sentido do que estamos ensinando. 

É ainda mais importante encontrar as IDEIAS ESSENCIAIS e explicitar a COMPREENSÃO DURADOURA, no caso de quem trabalha com EMENTAS universitárias, por exemplo. Ementas tendem a ser muito extensas, e muitas vezes cobrem inúmeros contextos, que se forem todos ensinados, não permitem o aprofundamento necessário para uma COMPREENSÃO DURADOURA.

E para quem trabalha com cursos LIVRES, é importante pensar no diferencial de mercado, desenvolvendo HABILIDADES ESSENCIAIS para o trabalho e a vida dos estudantes. Para isso é também necessário identificar uma IDEIA ESSENCIAL e a sua COMPREENSÃO DURADOURA.

Como este é um tópico um pouco mais extenso, que não cabe em uma única newsletter, eu preparei este eBOOK GRATUITO para quem desejar SABER MAIS. Neste eBook você aprende a se fazer 6 perguntas sobre o FOCO do seu conteúdo, que ajudam a identificar uma IDEIA ESSENCIAL e sua COMPREENSÃO DURADOURA.

Para quem desejar, basta clicar neste LINK e BAIXAR o ebook: https://silvanascarsoed.com/ebook-ideia-essencial/

2. O que os estudantes precisam SABER FAZER para DEMONSTRAR a compreensão duradoura?

Quando tornamos explícita a COMPREENSÃO DURADOURA de uma IDEIA ESSENCIAL, fica muito mais fácil pensar em como iremos saber se os estudantes realmente aprenderam. A AVALIAÇÃO da aprendizagem, seja uma autoavaliação, avaliação entre pares, ou avaliação formal, é fundamental para orientar o estudante em sua própria APRENDIZAGEM e orientar o(a) professor(a) no ajuste do seu ENSINO. É apenas través de uma AVALIAÇÃO eficaz com FEEDBACK que conseguimos de fato atingir melhores resultados de aprendizagem, segundo as pesquisas educacionais. 

Por isso, precisamos saber como iremos identificar a COMPREENSÃO DURADOURA que queremos, através de algum tipo de AVALIAÇÃO. Isso significa que a COMPREENSÃO DURADOURA precisa ser VISÍVEL e MENSURÁVEL. Sendo assim, precisamos pensar no que o estudante precisa SABER FAZER para DEMONSTRAR a COMPREENSÃO DURADOURA. 

Este SABER FAZER precisa envolver um VERBO DE AÇÃO, que indica o NÍVEL DE DESAFIO que desejamos para a COMPREENSÃO DURADOURA: queremos que os estudantes sejam capazes de aplicar, analisar, avaliar, criar ou apenas compreender? Estes níveis de desafio são os diferentes níveis da chamada Taxonomia de Bloom, com sugestões de verbos de ação para cada nível.

Por que é importante pensar em um SABER FAZER com VERBOS de AÇÃO antes mesmo de planejar as aulas? Porque assim podemos planejar pensando de fato no resultado visível e mensurável de aprendizagem que desejamos. E o VERBO DE AÇÃO que DEMONSTRA a COMPREENSÃO DURADOURA, indica o TIPO DE ATIVIDADES que precisamos planejar em nosso curso ou unidade de estudos.

O VERBO de AÇÃO se torna a base do processo de ensino-aprendizagem através de um OBJETIVO DE APRENDIZAGEM que é COMPARTILHADO com os estudantes logo no início. Este objetivo orienta uma maior autorregulação do estudantes que agora entendem onde devem chegar com a sua aprendizagem.

Para quem deseja SABER MAIS sobre OBJETIVO DE APRENDIZAGEM e NÍVEIS DE DESAFIO que formam um MAPA PARA O SUCESSO dos estudantes, é possível adquirir o meu livro sobre CLAREZA DO PROFESSOR, nas versões impressa e digital, acessando este LINK: https://silvanascarsoed.com/publicacoes/livro-clareza-do-professor/

3. Quais ATIVIDADES são necessárias para desenvolver a compreensão duradoura?

Agora que já escolhemos um VERBO DE AÇÃO para o que os estudantes precisam SABER FAZER para DEMONSTRAR a COMPREENSÃO DURADOURA, então podemos desenhar a ATIVIDADE AVALIATIVA final ou somativa do nosso curso ou unidade de estudos. Aqui é importante fazermos uma pausa para refletir sobre o tipo de avaliação que costumamos utilizar e como podemos aos poucos introduzir novos tipos de atividade avaliativa que melhor traduzem a compreensão duradoura que desejamos. Por isso, uma ATIVIDADE AVALIATIVA final já pode e deve fazer parte do planejamento das atividades ao longo do curso ou unidade de estudos. 

Para que os estudantes consigam DEMONSTRAR o SABER FAZER na ATIVIDADE AVALIATIVA final, será necessário desenhar uma PROGRESSÃO DE ATIVIDADES ao longo do curso ou unidade de estudos, como forma de desenvolver todas a mini habilidades necessárias para o sucesso da aprendizagem. Basicamente, devemos pensar o seguinte: se a COMPREENSÃO DURADOURA que desejamos está no NÍVEL de AVALIAÇÃO, então quais ATIVIDADES irão DEMONSTRAR os níveis anteriores de desafio cognitivo? Quais ATIVIDADES irão DEMONSTRAR MEMORIZAÇÃO, COMPREENSÃO e APLICAÇÃO? 

No meu livro sobre CLAREZA DO PROFESSOR, eu explico em detalhes o que significa este MAPA PARA O SUCESSO, com atividades planejadas em diferentes níveis de desafio da Taxonomia de Bloom para chegar à COMPREENSÃO DURADOURA expressa no OBJETIVO DE APRENDIZAGEM. Para quem quiser SABER MAIS é só acessar o LINK : https://silvanascarsoed.com/publicacoes/livro-clareza-do-professor/

Para quem quiser SABER MAIS sobre a adequação de diferentes tipos de avaliação à compreensão duradoura, e também sobre o desenho de uma progressão de atividade, veja estas postagens no meu BLOG:

 “A AVALIAÇÃO Está Realmente Medindo A APRENDIZAGEM? Quatro Perguntas Que Você Deve Se Fazer.

 “RUBRICAS De AVALIAÇÃO Podem Ser Uma Mapa Para O Sucesso”

4. Que tipo de AULAS são necessárias para apoiar os estudantes nas atividades?

Finalmente chegamos no planejamento das AULAS!!! Agora que desenhamos a PROGRESSÃO DE ATIVIDADES para ajudar os estudantes a atingir a COMPREENSÃO DURADOURA, então podemos pensar em quais CONTEÚDOS precisamos ensinar e em qual sequência. Cada aula planejada deve servir para que o estudante consiga APLICAR IMEDIATAMENTE o que aprendeu em uma ATIVIDADE prática dentro de cada um dos NÍVEIS DE DESAFIO.

Este tipo de planejamento nos trona mais “econômicos(as)” no ENSINO EXPOSITIVO e força uma APRENDIZAGEM mais ATIVA através das atividades práticas. As aulas adquirem um significado muito específico para os estudantes, que devem conseguir entender a progressão da aprendizagem em direção ao OBJETIVO que foi compartilhado logo no início. A “economia” de tempo em aulas expositivas resulta em mais tempo para ENSINAR na forma de FEEDBACK, o que segundo pesquisas educacionais resulta em melhores resultados de aprendizagem. 

Para quem deseja SABER MAIS sobre MINI-AULAS, veja esta postagem no meu BLOG sobre:

 Microlearning Para Metodologias Ativas De Sucesso

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